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Os efeitos da música na vida das pessoas com deficiência

06/12/23 17:00

A utilização da Música para fins terapêuticos com pessoas que apresentam deficiências variadas e diferentes níveis de comprometimento cognitivo é considerada de suma importância para os desenvolvimentos social, psicológico, intelectual, cognitivo, emocional e cultural de cada um dos nossos assistidos.

Por Helio Baragatti Neto.


Por mais caótica que, às vezes, possa parecer, a Música é ordem. Notas se ordenam em acordes e arpejos; acordes e arpejos se ordenam em frases; frases se ordenam em composições musicais simples ou complexas. O tempo origina o ritmo; ao ritmo soma-se a melodia; à melodia se junta a harmonia; e tudo isso junto dá à luz o que chamamos Música.


Além de ordem, a Música é linguagem. E, como ocorre com toda linguagem, não há quem negue da Música o seu grande poder expressivo. Por intermédio da Música, exprimem-se pensamentos e emoções que, muitas vezes, as palavras são incapazes de traduzir.


É por isso que a utilização da Música para fins terapêuticos com pessoas que apresentam deficiências variadas e diferentes níveis de comprometimento cognitivo – como fazemos em nossos atendimentos na Associação Pestalozzi de Inhumas – é considerado de suma importância para os desenvolvimentos social, psicológico, intelectual, cognitivo, emocional e cultural de cada um dos nossos assistidos.


Tomando por base as experiências que temos vivenciado no decorrer do nosso período de permanência na Associação Pestalozzi de Inhumas, cremos que, em nossos atendimentos, sejam eles ministrados individualmente ou a pequenos grupos de assistidos, o contato com instrumentos musicais (teclado, maracas, meia-lua, bongôs, timba, etc) e com objetos sonoros variados (copos, clavas, colheres de pau, sacos plásticos, folhas de papel, entre outros) aliado à exposição a práticas musicais rítmicas, melódicas, harmônicas e de solfejo, tem favorecido o desenvolvimento das potencialidades de cada assistido e a gradativa superação das dificuldades inerentes às suas deficiências e/ou aos seus níveis de comprometimento cognitivo, a saber: melhorando as capacidades de socialização e de interação; reduzindo os índices de agressividade, de ansiedade e de agitação; viabilizando a organização interna e o ordenamento consciente de pensamentos e emoções e o estabelecimento de seqüências de idéias e ações; estimulando a localização no espaço por meio da compreensão das noções de posicionamento, distância e lateralidade; proporcionando um meio eficaz de expressão a quem não sente segurança para expressar-se pelos meios convencionais.


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